Guia apresenta roteiros arquitetônicos de Santa Teresa

Rio de Janeiro As diferentes influências da arquitetura em um dos mais antigos bairros da capital carioca podem ser encontradas agora no guia Santa Teresa Três Roteiros Arquitetônicos, lançado nessa terça-feira (22), pelo Sebrae no Rio de Janeiro.

Os roteiros incluem dois trajetos que podem ser percorridos a pé ou por bonde. O levantamento inclui mais de 50 pontos, como o Convento de Santa Teresa, que deu origem e batizou o bairro, construído em 1750. Outra atração desse período é o Mãe d'Água, reservatório de captação de águas do rio Carioca, erguido para resolver o crônico abastecimento da cidade; além do aqueduto de mesmo nome, hoje mais conhecido como Arcos da Lapa, considerado a maior obra pública civil do Brasil Colônia.

Também estão no guia palacetes semelhantes às construções imponentes da cidade italiana de Florença e residências com traços modernistas - exemplos de estilos arquitetônicos ecléticos que marcam o bairro. O apreço dos antigos moradores de Santa Teresa pode ser mensurado pelas doações feitas à comunidade, entre elas o museu Chácara do Céu e o centro cultural Parque das Ruínas.

Toda a beleza e o charme das edificações de Santa Teresa, a maioria tombada como patrimônio histórico, podem ser apreciadas sem pressa, com direito a mirantes que descortinam paisagens como a Baía de Guanabara, o Pão de Açúcar, a ponte Rio-Niterói e alguns bairros das zonas norte e sul. O guia bilíngue (inglês-português) será distribuído gratuitamente nos locais turísticos.

Esse guia ajuda a oferecer ainda mais opções aos turistas e serve também para que muitos moradores da cidade possam conhecer com mais profundidade o patrimônio cultural de Santa Teresa, disse o superintendente do Sebrae no Rio de Janeiro, Cezar Vasquez.

Para Alfredo Britto, autor do guia, que contou com a coordenação editorial do Sebrae, a publicação é uma ferramenta importante. Só se preserva aquilo que se ama, e só se ama aquilo que se conhece. Esse é o propósito central das informações que recolhi, afirma o arquiteto de 77 anos e morador do bairro há 43.

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